Últimos Artigos

O bem-estar dos animais é muito importante para os europeus, sendo que os inquéritos indicam regularmente que a maioria dos europeus deseja ver normas de bem-estar dos animais mais elevadas do que as atuais. A Comissão Europeia também dá prioridade ao bem-estar dos animais, uma vez que, nos últimos 50 anos, foram adotadas e revistas regras quando necessário, melhorando gradualmente a vida dos animais de criação.

A União Europeia dispõe de um quadro legislativo sobre o bem-estar dos animais, que protege os animais mantidos para fins de criação para a produção de alimentos, lã ou peles. E a Comissão Europeia está atualmente a rever a legislação relativa ao bem-estar dos animais para a alinhar com os mais recentes dados científicos. Além disso, esta revisão visa alargar o âmbito de aplicação da legislação da UE em matéria de bem-estar dos animais para facilitar a sua aplicação e, em última análise, garantir um nível mais elevado de bem-estar dos animais. Ler mais aqui.

 

O setor da pecuária é vital para a segurança alimentar, a nutrição e os meios de subsistência de milhares de milhões de pessoas pobres em todo o mundo, mas está também a ser analisado pelos seus vários impactos ambientais. Os impactos das alterações climáticas são a principal preocupação, principalmente através das emissões de metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e dióxido de carbono (CO2), juntamente com a perda de biodiversidade e a degradação dos solos. Este escrutínio intenso por parte dos meios de comunicação social e dos governos pode tornar os doadores e as instituições financeiras relutantes em investir na pecuária a nível mundial. No entanto, o desinvestimento no desenvolvimento da pecuária pode aumentar desafios como a insegurança alimentar e a subnutrição para milhares de milhões de pessoas vulneráveis, como os pequenos agricultores e pastores em países de baixo e médio rendimento, e incentivar indiretamente uma via de desenvolvimento insustentável para o setor. Ler mais aqui.

A Professora Alice Stanton publicou ontem um artigo no NPJ Science of Food intitulado "Unacceptable use of substandard metrics in policy decisions which mandate large reductions in animal-source foods". Consultar aqui.
A jornalista Madeleine Ross também cobriu este artigo no The Telepgraph.

Os pontos principais do artigo são os seguintes:

- Muitos relatórios recentes e muito influentes, incluindo os do Global Burden of Disease (GBD) Risk Fator Collaborators, da EAT-Lancet Commission on Food, Planet, Health, e do Lancet Countdown on Health and Climate Change, recomendaram reduções drásticas ou a exclusão total de alimentos de origem animal, particularmente produtos de ruminantes (carne vermelha e lacticínios), da dieta humana.
- Esta perspetiva identifica e destaca os múltiplos erros e limitações destes relatórios
o Erros que levaram à criação, ou à inflação de duas a 36 vezes, dos riscos de grandes eventos cardiovasculares (ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais) e de cancros comuns (cancro colorrectal e da mama), atribuídos à carne e aos lacticínios.
o O não reconhecimento de que as reduções propostas de alimentos de origem animal na dieta resultariam em carências significativas de micronutrientes e proteínas essenciais, o que teria um impacto particularmente negativo nas mulheres, crianças e idosos.
- Apesar de muitos destes erros e limitações terem sido reconhecidos publicamente pelos autores do GBD e do EAT-Lancet, não foram aplicadas correcções aos artigos publicados.
- Consequentemente, as métricas pouco fiáveis e de qualidade inferior destes relatórios continuam a influenciar erradamente as decisões de política alimentar e as directrizes dietéticas internacionais, como a Dieta Livewell do World Wildlife Fund e as Recomendações Nórdicas de Nutrição 2023.